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sábado, 3 de março de 2012

NECESSIDADES BÁSICAS

Mt. 3:4
“E este João tinha o seu vestido de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.”
Sob este título estudamos o trecho do Evangelho através dos comentários do livro Luz Imperecível (UEM/ ABREU, 2009, p.32, 33). Vejamos as explicações do livro:
“E ESTE JOÃO” - Referência específica e individualizada daquele que, em testemunho da verdade e das convicções que nutria, buscava adotar simplicidade no empenho de edificação. Por isso, vemos nele sobriedade no modo de vestir, comer e falar. Revivendo experiências cultivadas quando em reencarnação anterior como Elias, adotava o mesmo regime de restringimento das necessidades, como depreendemos nos registros do Velho Testamento: “E ele lhes disse: Qual era o traje do homem que vos veio ao encontro e vos falou estas palavras? E eles lhe disseram: Era um homem vestido de pelos, e com os lombos cingidos dum cinto de couro. Então disse ele: É Elias, o tisbita!” (II Reis 1:7 e 8). (Tisbita- natural de Tisbé, cidade de Naftali ou de Gilead - comentário nosso)“E este João”é ainda bem presente na individualidade que, adotando o esforço de mudança interior, prepara-se para recolher, um dia, no próprio coração o Cristo em toda a sua grandeza.
“TINHA O SEU VESTIDO DE PELOS DE CAMELO,” - Dando pouco valor à apresentação exterior, João Batista cobria-se, abrigava-se com o mínimo. Analisando-se, no entanto, este fato, vamos identificar este mínimo como suficiente a todos que, empenhados na empresa reeducativa, adotam o essencial na eleição dos padrões de segurança efetiva. É a utilização dos “pelos de camelo”adequados às intempéries do ambiente árido e ensolarado do deserto, região pela qual estarão transitando espíritas ou não, que se dispõem, à custa de sacrifício e lutas ásperas, atingir os objetivos mais altos da espiritualização com Jesus.
“E UM CINTO DE COURO EM TORNO DE SEUS LOMBOS;” - Em sua Epístola aos Efésios, Paulo nos fala sobre a armadura de Deus: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef. 6:10 e 11). Aprendemos que convém estarmos cingidos com a verdade que nos dá equilíbrio.
Se o cinto de couro em torno de seus lombos assegurava a sua fortaleza, o revestimento da personalidade com os padrões da verdade, assegurará nas mais variadas circunstâncias, o êxito nas lutas da renovação.
“E ALIMENTAVA-SE DE GAFANHOTOS E DE MEL SILVESTRE.” - Até hoje o povo daqueles lugares ainda come estes insetos. É uma espécie diferente. Assam ou secam ao sol. Este fato leva-nos a conceber que, apesar da existência de uma planta carnosa, de folha macia e medicinal, também denominada “gafanhoto”, não fica descartada a hipótese de que aquele inseto foi mesmo a alimentação utilizada, junto com o mel silvestre, pelo Batista. Quando cumpridores dos deveres e capazes de nos adequarmos ao pensamento e vontade do Criador; estaremos recebendo o suficiente ao suprimento de nossas necessidades. Se cada trabalhador, no registro evangélico, é digno de seu salário (Mt. 10:10), não só as circunstâncias trazem os recursos de alimentação, nesta passagem expressos nos “gafanhotos”, mas também o trabalho, a gerar fortalecimento e capacitação, assegura os nutrientes para o espírito, ali configurados no mel silvestre".
O estudo sobre João Batista é apaixonante! Ao tempo do Velho Testamento era comum  que as pessoas fossem diante dos reis que iam visitar as cidades de seu reino para tornar mais retos as veredas, aterrar os vales, aplainar os montes e outeiros, tirar as pedras do caminho, etc. Tudo isso pode ser interpretado moralmente tendo sido essa a tarefa de João, no sentido de preparar os homens para receber as verdades que Jesus viria pregar.
Interessante ouvir e meditar com a letra inspirada de Gladston, nas vozes de Tim e Vanessa (sempre excelentes!) sobre o Precursor. A música se chama Veredas:


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